Entenda melhor a distonia

A distonia, embora ainda seja pouco conhecida pela maioria das pessoas, é um dos distúrbios de movimento mais comuns, afetando cerca de 65 mil brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A estimativa aponta para uma incidência de 29,5 casos de distonia focal a cada 100 mil habitantes. O problema está diretamente ligado a uma falha no funcionamento ou a danos no gânglio basal, a parte do cérebro responsável por controlar os movimentos.

Os principais sinais da condição incluem contrações musculares involuntárias e prolongadas, que podem causar torções, movimentos repetitivos e posturas anormais. Esses sintomas podem se manifestar de maneira generalizada ou focal, sendo mais comum na região cervical ou ao redor dos olhos. Além de serem dolorosos, esses espasmos musculares interferem na rotina e na qualidade de vida dos pacientes.

Por se tratar de uma condição que pode ser confundida com outras doenças neurológicas, como o Parkinson, é essencial buscar uma avaliação médica especializada. Isso porque, embora o Parkinson possa apresentar distonia como sintoma associado, o tremor característico da distonia possui particularidades que apenas um especialista pode identificar corretamente, levando em conta o local das contrações e outros sinais específicos.

Embora não tenha cura, é possível alcançar uma boa qualidade de vida por meio de um tratamento adequado. Em casos em que as abordagens iniciais não são eficazes, a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda surge como uma opção eficaz para o controle dos sintomas.

Para garantir o diagnóstico correto e o início do tratamento ideal, é importante estar atento a alguns fatores cruciais.

  • Procure profissionais especializados
    Contar com uma equipe experiente em distonia faz toda a diferença, já que a falta de familiaridade com a doença pode levar a diagnósticos equivocados. Muitas vezes, sintomas da distonia são confundidos com outras condições, como crises convulsivas, especialmente em atendimentos emergenciais, o que pode gerar constrangimento e atrasar o início do tratamento adequado.
  • Diagnóstico rápido é essencial
    Quanto mais cedo a distonia for identificada, maior a chance de controlar sua evolução e evitar confusões com outras condições neurológicas. O diagnóstico precoce permite que o tratamento seja iniciado rapidamente, minimizando o impacto dos sintomas no dia a dia.
  • O tratamento vai além dos medicamentos
    Controlar a distonia exige um cuidado abrangente, que combina o uso de toxina botulínica, medicamentos orais e a prática regular de exercícios físicos. Essa última abordagem é especialmente importante, já que a atividade física ajuda a desacelerar o avanço da doença e a reduzir os sintomas.
  • Fatores emocionais merecem atenção
    Aspectos psicológicos, como ansiedade e estresse, podem agravar os sintomas da distonia, intensificando a dor e o desconforto muscular. Por isso, além das intervenções médicas e físicas, é fundamental adotar estratégias que promovam o relaxamento e evitem situações de tensão, contribuindo para o bem-estar geral do paciente.

A conscientização sobre a distonia é essencial para garantir que mais pessoas reconheçam os sinais da doença e busquem ajuda especializada. Com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, é possível viver com mais qualidade e reduzir os impactos dessa condição.

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