As fraturas da coluna vertebral representam um dos maiores desafios da medicina neurológica e neurocirúrgica. Diferente de outras fraturas no corpo, elas não afetam apenas o osso em si, mas envolvem diretamente a proteção da medula espinhal, estrutura responsável por transmitir os sinais entre o cérebro e o restante do corpo. Isso significa que uma lesão que começa como dor intensa pode, se não for tratada corretamente, evoluir para perda de força, alterações de sensibilidade e até paralisia permanente.
Em muitos casos, essas fraturas são consequência de acidentes automobilísticos, quedas de altura ou traumas de impacto. Mas também podem ocorrer em situações aparentemente simples, como uma queda doméstica em pacientes idosos com osteoporose. O problema é que, ao contrário do que se imagina, nem sempre os sintomas são óbvios de imediato. A dor pode ser atribuída ao “esforço” ou a uma “crise de coluna”, quando na verdade há risco de comprometimento neurológico progressivo.
Quando a dor é um alerta maior
Os sinais que merecem atenção incluem dor lombar ou torácica persistente, dificuldade para se movimentar, perda de sensibilidade em braços ou pernas, fraqueza muscular e formigamento. Esses sintomas indicam que a fratura não é apenas mecânica, pode estar pressionando nervos ou a própria medula espinhal.
Nesse contexto, a avaliação neurológica e os exames de imagem são fundamentais. A rapidez no diagnóstico pode determinar se o paciente terá uma recuperação plena ou se enfrentará sequelas permanentes.
A importância da cirurgia
A cirurgia para fraturas da coluna não tem como objetivo apenas “consertar um osso quebrado”. O foco principal, na perspectiva da neurocirurgia, é estabilizar a coluna e preservar a função neurológica.
Ela é indicada quando existe instabilidade que coloca a medula em risco, quando a dor é incapacitante ou quando há sinais de comprometimento neurológico. Os avanços da neurocirurgia permitem hoje técnicas menos invasivas, que reduzem o tempo de internação e aceleram a reabilitação. Em muitos casos, a cirurgia proporciona alívio quase imediato da dor e evita que uma compressão evolua para paralisia.
Reabilitação e cuidado integrado
Após a cirurgia, o cuidado não termina. Cada paciente precisa de um plano de recuperação que inclui fisioterapia, reeducação postural e acompanhamento contínuo da função neurológica. Além disso, estratégias complementares, como a Neuronutrição Clínica, que atua na redução de inflamação e no suporte à cicatrização, fazem parte do processo multidisciplinar que oferecemos na Interneuro.
Nosso compromisso é olhar além da fratura. É entender que estamos tratando não apenas a coluna, mas a vida, a mobilidade e a independência de cada paciente.
Fraturas da coluna vertebral não são todas iguais e nunca devem ser subestimadas. Em muitos casos, a cirurgia é a diferença entre uma vida com dor e limitações e a preservação da autonomia. Mais do que corrigir, ela protege a medula, protege os movimentos, protege o futuro.
Se você ou alguém da sua família sofreu uma queda ou acidente e apresenta dor intensa ou sinais neurológicos, procure ajuda especializada sem demora.
A Interneuro oferece triagem NEUROJÁ, garantindo avaliação rápida e direcionamento preciso para neurologia e neurocirurgia.
